sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Piscina com água quente o ano todo!

  


  É durante os meses quentes do verão que os proprietários de piscinas voltam seus olhos para este equipamento, muitas vezes completamente esquecido no restante do ano. Há quem, depois de acalentar durante anos o desejo de ter uma casa com piscina, se mostre arrependido ao contabilizar o custo de manutenção e as reais oportunidades de uso, pois, mesmo em dias de calor, às vezes falta coragem para um mergulho na água fria. Por isso, por mais contraditório que possa parecer, o verão é uma excelente época para o instalador hidráulico apresentar a solução solar como a ideal para desfrutar de água quente nas piscinas de forma econômica e sustentável.
  A temperatura da água de uma piscina que conta com um sistema de aquecimento solar é regulada por meio de um sensor. Ao identificar que a água acumulada no coletor está, por exemplo, seis graus mais quente que a água da piscina, o sensor aciona o funcionamento de uma bomba que irá trazer a água dos coletores para a piscina, desligando assim que a temperatura chegar ao programado.
  Apesar do ideal ser considerar a instalação de um sistema de aquecimento solar ainda na fase de projeto para garantir sua otimização, é possível adaptar a solução à construções existentes. Veja o que deve 
ser levado em consideração nestes casos e quais itens fazem parte da solução, com as orientações passadas pelo instalador hidráulico especialista no tema, José Donizete Siqueira: 

  • Espaço no telhado para instalar o aquecedor solar: É preciso avaliar o espaço existente no telhado para abrigar os coletores solares. O ideal é que o local seja o mais próximo possível da piscina. Por isso, uma opção que pode ser avaliada é a construção de uma estrutura especialmente para isto. O cálculo básico para a metragem dos coletores necessários é de cerca de 80% da área da piscina. Assim, uma piscina de 10 metros quadrados demandaria 8 metros de coletor. 
  • Avaliação de espaço na casa de máquinas – Um ponto de atenção é avaliar se há espaço suficiente na casa de máquinas para a instalação de mais uma bomba para o sistema de aquecimento solar de água. 
  • Dimensionamento da bomba – O instalador hidráulico deve estar atento também ao dimensionamento da bomba do sistema de aquecimento solar, que irá depender do diferencial de altura entre a casa de máquinas e o reservatório. 
  • Tubulação – Será necessária a instalação de uma nova tubulação, que sai da casa de máquinas, leva a água até os coletores e traz a água aquecida de volta para a piscina. “Quanto menor esta distância, melhor para a eficiência do sistema, porém já realizei instalações com até 20 metros”, afirma Silveira.
  • Quadro elétrico – será necessário prever a instalação de um quadro elétrico que irá comandar o acionamento da bomba do aquecimento solar.
  • Sensor de temperatura – Item indispensável, pois é ele que vai ler a temperatura da água e acionar a bomba quando necessário, de forma automática. Pode ser analógico ou digital.
  • Posicionamento – “O posicionamento dos coletores é um ponto importante”, argumenta Silveira. Para maior rendimento, ele deve ser idealmente posicionado com suas faces voltadas para o Norte. Direcionar para o Leste ou Oeste é também possível, enquanto o Sul deve ser sempre evitado caso contrário o sistema de aquecimento solar não renderá o esperado”, alerta.
  • Inclusão de timmer de acionamento – Silveira recomenda a instalação de um timmer que controle o funcionamento das duas bombas que passarão a integrar o sistema: a que leva a água aos coletores e a que realiza a filtração da água da piscina. Segundo ele, o ideal é programar para que a filtração ocorra à noite para evitar o risco das duas bombas trabalharem simultaneamente. “Isto porque as duas bombas não terão a mesma potência e acabarão por criar uma ‘concorrência’ nada ideal neste trabalho”, diz Silveira.

MODELOS DISPONÍVEIS

  Por suas características, o aquecimento solar da água da piscina demanda sistemas especialmente projetados para este uso. Confira três modelos disponíveis e suas características:
  • Coletor Solar Soletrol Metali-Plast Aberto: Desenvolvido com a tecnologia Metali-Plast que alia a eficiência em absorção térmica do alumínio e a resistência à água clorada do polipropileno com proteção anti-UV. Proporciona excelente relação custo-benefício.
  • Coletor Solar Soletrol Metali-Plast Fechado: Desenvolvido com a mesma tecnologia do Metali-Plast, tem como diferencial caixa vedada em alumínio que otimiza a conservação da temperatura do coletor.
  • Coletor Solar Solarbolt: O Solarbolt é desenvolvido com a mais alta tecnologia. Fabricado em polipropileno aditivado com proteção contra raios UV, possui sistema de engate fácil, que facilita a instalação e garantindo um produto durável e com ótima eficiência térmica.
INSTALAÇÃO EM EDIFÍCIOS

  Piscinas que fiquem na cobertura de prédios também podem ser beneficiadas com sistemas de aquecimento solar de água, pela proximidade dos coletores solares. Já para piscinas localizadas no térreo, o ideal é a construção de uma estrutura que aloje as placas coletoras. “O ponto de atenção aqui é verificar se o local onde os coletores ficarão não oferece o risco de mantê-los o tempo todo na sombra, pela projeção do próprio prédio”, alerta Silveira.

CUIDADOS E MANUTENÇÃO

  No período em que a piscina dotada de um sistema de aquecimento solar não estiver sendo utilizada, é recomendando cobri-la com uma capa térmica, especialmente durante a noite, que ajudará a reduzir a 
perda de calor e o constante acionamento da bomba. A orientação é, inclusive, de evitar o desligamento do sistema e o esgotamento dos coletores. “Não é ideal deixar um coletor vazio ao sol. Isto pode levar a uma redução de sua vida útil”, afirma Silveira. A manutenção é algo simples, bastando limpeza periódica das placas coletoras.

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