segunda-feira, 9 de abril de 2012

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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Construção civil em alta gera mais oportunidades de emprego

Trabalhadores com carteira assinada no setor dobraram em cinco anos. Só em 2011 foram 222.897 empregos, um crescimento de 8,78% em relação ao total de dezembro de 2010, segundo dados do Caged

Trabalhadores com carteira assinada no setor dobraram em cinco anos. Só em 2011 foram 222.897 empregos, um crescimento de 8,78% em relação ao total de dezembro de 2010, segundo dados do Caged



Se há uma área que não para de crescer no Brasil esta é a da construção civil. E como o crescimento do segmento está diretamente ligado à criação de postos de trabalho, a quantidade de trabalhadores com carteira assinada no setor dobrou nos últimos cinco anos. Eles eram 1,3 milhão em janeiro de 2006 e passaram a ser 2,7 milhões em dezembro de 2011, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Dados do Caged mostram ainda que em 2011 a construção civil foi responsável pela criação de 222.897 empregos com carteira assinada, registrando o maior crescimento relativo entre outros setores, com elevação de 8,78% em relação ao total de dezembro de 2010.
Antônio Carlos Mendes Gomes, diretor-executivo do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio), avalia que as obras de infraestrutura e de mobilidade urbana que estão sendo feitas no Rio, em função dos megaeventos esportivos, e o incremento do setor imobiliário por causa do crescimento econômico do País contribuíram para o ‘boom’ do setor.
“A construção civil voltou a se desenvolver em 2005 depois de 20 anos de estagnação. Os eventos esportivos e as garantias legais que o Brasil passou a oferecer são os fatores que transformam o País, principalmente o Estado do Rio, em uma das prioridades de investidores”, afirma.
Gomes cita ainda que as aplicações de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e da caderneta de poupança saltaram de R$ 5,8 bilhões, em 2004, para R$ 83,1 bilhões, em 2010. O que é considerado por ele um outro fator a impulsionar a área.
“Políticas públicas como esta de aumentar o financiamento habitacional resultaram num boom imobiliário. Dessa forma, a construção civil passou a ser um dos setores que mais empregam no Brasil. País que também passou a ser considerado um lugar muito mais seguro para investir”, disse Gomes.
Rio - De acordo com Roberto da Cunha, supervisor técnico do Centro de Referência em Construção Civil do Serviço de Aprendizagem Industrial (Senai-RJ), no Rio serão criados 25 mil novos postos de trabalho somente este ano.
“Até o fim de 2012 vamos formar 20 mil pessoas na área da construção civil. E para dar conta da demanda e da necessidade de formar novos profissionais, vamos inaugurar este ano mais duas unidades de ensino. Em abril uma na região do Porto Maravilha, no Centro do Rio, e outra, em junho, em Curicica, Zona Oeste do Rio”, afirma.  
“Carpinteiro de forma, pedreiro e técnico em edificações são as profissões com mais carência de profissionais”, avalia. O supervisor técnico do Senai-RJ explica que o técnico em edificações é o auxiliar do engenheiro civil e já começa ganhando R$ 2,2 mil.
“Esse é seu salário base. Dependendo do profissional pode ganhar muito mais. Já o pedreiro e o carpinteiro de fôrma, que é certamente a atividade com maior carência de profissional, ganham em média R$ 1,6 mil”, informa Cunha.
O carpinteiro de fôrma é uma profissão carente e acrescenta mais três: eletricista predial, bombeiro hidráulico e armador de ferro.
“Atualmente, a construção civil de modo geral já é considerada por consultores de carreira e profissionais de empresas de recursos humanos como uma das áreas mais promissoras para o desenvolvimento de carreira”, comenta Pedricto Rocha Filho, chefe da Coordenação Central de Extensão da PUC-Rio.
Filho avalia que nos últimos anos, principalmente nas áreas das engenharias, tem-se verificado uma tendência de cursos de curta duração. “São para atender algumas demandas mais específicas”.
(Fonte: Jornal O Fluminense)



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