Trabalhadores com carteira assinada no setor dobraram em cinco anos. Só em 2011 foram 222.897 empregos, um crescimento de 8,78% em relação ao total de dezembro de 2010, segundo dados do Caged
Se há uma área que não para de crescer no Brasil esta é a da construção civil. E como o crescimento do segmento está diretamente ligado à criação de postos de trabalho, a quantidade de trabalhadores com carteira assinada no setor dobrou nos últimos cinco anos. Eles eram 1,3 milhão em janeiro de 2006 e passaram a ser 2,7 milhões em dezembro de 2011, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Dados do Caged mostram ainda que em 2011 a construção civil foi responsável pela criação de 222.897 empregos com carteira assinada, registrando o maior crescimento relativo entre outros setores, com elevação de 8,78% em relação ao total de dezembro de 2010.
Antônio Carlos Mendes Gomes, diretor-executivo do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio), avalia que as obras de infraestrutura e de mobilidade urbana que estão sendo feitas no Rio, em função dos megaeventos esportivos, e o incremento do setor imobiliário por causa do crescimento econômico do País contribuíram para o ‘boom’ do setor.
“A construção civil voltou a se desenvolver em 2005 depois de 20 anos de estagnação. Os eventos esportivos e as garantias legais que o Brasil passou a oferecer são os fatores que transformam o País, principalmente o Estado do Rio, em uma das prioridades de investidores”, afirma.
Gomes cita ainda que as aplicações de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e da caderneta de poupança saltaram de R$ 5,8 bilhões, em 2004, para R$ 83,1 bilhões, em 2010. O que é considerado por ele um outro fator a impulsionar a área.
“Políticas públicas como esta de aumentar o financiamento habitacional resultaram num boom imobiliário. Dessa forma, a construção civil passou a ser um dos setores que mais empregam no Brasil. País que também passou a ser considerado um lugar muito mais seguro para investir”, disse Gomes.
Rio - De acordo com Roberto da Cunha, supervisor técnico do Centro de Referência em Construção Civil do Serviço de Aprendizagem Industrial (Senai-RJ), no Rio serão criados 25 mil novos postos de trabalho somente este ano.
“Até o fim de 2012 vamos formar 20 mil pessoas na área da construção civil. E para dar conta da demanda e da necessidade de formar novos profissionais, vamos inaugurar este ano mais duas unidades de ensino. Em abril uma na região do Porto Maravilha, no Centro do Rio, e outra, em junho, em Curicica, Zona Oeste do Rio”, afirma.
“Carpinteiro de forma, pedreiro e técnico em edificações são as profissões com mais carência de profissionais”, avalia. O supervisor técnico do Senai-RJ explica que o técnico em edificações é o auxiliar do engenheiro civil e já começa ganhando R$ 2,2 mil.
“Esse é seu salário base. Dependendo do profissional pode ganhar muito mais. Já o pedreiro e o carpinteiro de fôrma, que é certamente a atividade com maior carência de profissional, ganham em média R$ 1,6 mil”, informa Cunha.
O carpinteiro de fôrma é uma profissão carente e acrescenta mais três: eletricista predial, bombeiro hidráulico e armador de ferro.
“Atualmente, a construção civil de modo geral já é considerada por consultores de carreira e profissionais de empresas de recursos humanos como uma das áreas mais promissoras para o desenvolvimento de carreira”, comenta Pedricto Rocha Filho, chefe da Coordenação Central de Extensão da PUC-Rio.
Filho avalia que nos últimos anos, principalmente nas áreas das engenharias, tem-se verificado uma tendência de cursos de curta duração. “São para atender algumas demandas mais específicas”.
(Fonte: Jornal O Fluminense)
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